12 de out. de 2009

PAIXÃO

"alisa a pele,
rasga a carne,
expõe o nervo..."

(Rosane Coelho de Oliveira)

5 de set. de 2009

Eu...

Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.

(Martha Medeiros)

11 de ago. de 2009

bye... bye... Augusto Meyer

Em 21/07/08 escrevi aqui mesmo sobre como minha vida profissional estava agitada! Pois não é que tudo mudou de novo!hehehehehe... mal transcorreu um ano e me fizeram dar adeus ao Curso Técnico, sim aquele ao qual eu já me sentia bem adaptada e gostava tanto de lecionar. Levei um belo pé naquele lugar! Bommmmm... seja o que Deus quiser... no estado a gente não manda na nossa vida mesmo... sei lá pra onde a SEC vai me mandar... mas eu não esquento a cabeça, sou Professora e posso dar aula em qualquer lugar do RS.

4 de ago. de 2009

7º semestre - UFRGS

1 Didática, Planejamento e Avaliação
2 Educação de Jovens e Adultos no Brasil
3 Língua Brasileira de Sinais
4 Linguagem e Educação
5 Seminário Integrador VII
São essas as interdisciplinas deste semestre que inicia agora, mergulharemos mais uma vez nas teorias e grandes estudiosos da educação. Já estou sentindo falta disso tudo! Tenho claro que esses pensadores e suas ideias todas sempre permeram minha prática em sala de aula, mesmo que inconcientemente. E foi durante o PEAD que me dei conta disso. Que bom! Hoje sou mais lúcida e crítica quanto ao meu fazer pedagógico.

28 de jul. de 2009

Rhodesian Ridgeback

Eu quero um desses pra mim!...

21 de jun. de 2009

Tenho tudo a ver com explosões...

Não tenho nada a ver com explosões”, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil.
Não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências, são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões.
(Martha Medeiros)

6 de jun. de 2009

Clarice Lispector - Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres

“Uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita fui a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, esperarei quanto tempo for preciso.”

15 de mar. de 2009

6º semestre - UFRGS

Neste semestre que se inicia os desafios parecem se aprofundar... Em cada eixo do PEAD que deixamos pra trás tenho a absoluta certeza do trabalho cumprido e das metas alcançadas. Meu esforço está sendo válido e reconhecido. Estou cada vez mais próxima da realização de mais uma etapa de minha vida. Estou bem FELIZ!
As interdisciplinas deste eixo são:
* Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II

* Educação de Pessoas com Necessidades Especiais
* Filosofia da Educação
* Questões étnico-raciais na Educação: Sociologia e História
* SEminário Integrador VI

24 de fev. de 2009

"Caio Fernando Abreu"

“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso é, às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez’…”

13 de fev. de 2009

Mais de Clarice... sempre ela!

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

11 de jan. de 2009

para Francisco,

Pronto, li compulsivamente este livro tão deliciosamente escrito, com meu coração apertado chorei de tão triste que é. Também sorri de tão lindo que é. Serei leitora assídua do blog parafranscisco, pois já percebi que lá tem muito mais tesouros além do livro. Cristiana Guerra encontrou uma maneira muito especial de contar ao filho sobre seu pai, que morreu dois meses antes dele nascer. Uma história de amor que foi bruscamente interrompida pela morte ao mesmo tempo em que foi presenteada com uma nova vida. Esta moça me emocionou com sua fala e com sua vida, repletas de delicadeza, alegria e uma pitada bem 'gorda' de dor. Cristiana, Francisco e Guilherme... músicas, fotos, mail's e muito carinho... que história! Afff... ainda estou lacrimejando.