30 de nov. de 2008

A Greve acabou? Ou nem começou?

Mais uma greve frustrada do magistério estadual gaúcho! Infelizmente chegamos ao ponto de lutar para que a 'excelentíssima' governadora CUMPRA a lei federal. Faz sentido isso? A pessoa que deveria nos representar está nos tirando um direito legítimo. Desta vez não estávamos pedindo aumento salarial e sim lutando para que não retirassem nossas conquistas, pelas quais lutamos durante décadas no RS. Na minha opinião o movimento já começou esvaziado... em Esteio só o Augusto Meyer estava totalmente paralisado. Ninguém mais acredita que poderá alcançar algum tipo de benefício junto a este governo ditador que está aí. Muito pelo contrário, depois desta greve ridícula, acredito que nos dois anos que ainda teremos que suportar esta administração infeliz, a governadora simplesmente terminará de sucatear as escolas públicas e de quebra perderemos os parcos direitos que nos restam. Rezo para que este projeto estúpido não passe na Assembléia. Rogo para que nossos deputados tenham bom senso. Amém!

20 de nov. de 2008

Lionel Shriver

Não era uma época fácil para ser professor, se é que algum dia já foi. Pressionados pelo Estado para elevar os padrões e pelos pais para dar notas mais altas, colocados sob uma lente de aumento para que se descobrisse qualquer insensibilidade étnica ou impropriedade sexual, dilacerados entre as exigências repetitivas de proliferação de testes padronizados e o clamor dos estudantes pela criatividade de expressão, os professores eram responsabilizados por tudo que dava errado com as crianças e assediados para salvá-las de todas as maneiras. Esse duplo papel de bode expiatório e salvador era decididamente messiânico, mas mesmo em ciclos de 1998, provavelmente Jesus seria mais bem pago. (SHRIVER, Lionel. Precisamos falar sobre o Kevin. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007. pág. 388)

16 de nov. de 2008

Mais uma greve... Continuemos nossa luta!

O descaso do governo federal e, principalmente do estadual em relação a educação é algo absurdo, um piso salarial de RS 950,00 para 40h é vergonhoso, muitos municípios do nosso estado pagam praticamente isso para 20h. Nossa governadora quer transformar o piso federal que já é mínimo em teto estadual, logo após pretende modificar o plano de carreira que é considerado o melhor entre os estados brasileiros. A cada dia que passa nossa responsabilidade dentro da escola aumenta, além de planejar e ministrar aulas, corrigir trabalhos e provas e atender os alunos com todas as tensões que trazem consigo, atualmente participamos da gestão da escola, colaborando em decisões que afetarão a todos, organizamos e participamos da escolha das equipes diretivas, juntamente com a comunidade escolar elaboramos o PPP, projetos dos mais variados e fazemos avaliação curricular, necessitamos também fazer valer nossas idéias e necessidades junto aos conselhos escolares. Tudo isso demanda tempo, e tempo é o que mais falta em nossas vidas, pois passamos dentro das salas de aula manhã, tarde e noite. Como já escrevi anteriormente em outra postagem nosso trabalho não é valorizado proporcionalmente a toda responsabilidade que estamos recebendo da sociedade nos últimos tempos. Recebemos críticas de todos as esferas, muito se fala de como deveria ser a educação, mas pouco se fala do que acontece realmente dentro de nossas escolas e salas de aula. Isso me desanima e entristece. Fazer malabarismos para viver com este salário de fome que recebemos a cada mês é uma humilhação e é contra isso que estamos lutando. Não estamos pedindo esmolas, queremos apenas que nosso trabalho seja reconhecido.

7 de nov. de 2008

R.E.M. em Porto Alegre

Que noite fantástica! Até São Pedro colaborou, parou de chover e deu tempo para o gramado do Zequinha secar! Sim, o show do R.E.M. foi sensacional! Michael Stipe, Mike Mills (baixo) e Peter Buck (guitarra) tocaram praticamente todas as minhas favoritas: Drive, Electrolite, Losing My Religion, Imitation of Life, Bad Day, The One I Love, It’s the End of the World, Everybody Hurts (momento em que chorei baixinho) e Man on the Moon entre outras; lamentavelmente faltou Lotus e Country Feedback. Num telão gigante ao fundo do palco surgiam muitas imagens gráficas multicoloridas misturadas com cenas dos músicos tocando e da platéia delirando. Graças a Deus eu pude estar lá e assistir este show histórico, pois talvez não tenhamos outra oportunidade como esta em Porto Alegre! O Michael é incrível, contagiou e emocionou a todos com sua energia, desceu do palco duas vezes para abraçar os fãs e fez um belo discurso festejando a vitória de Barack Obama, usou até o cartaz levado por uma fã. Foi um momento único quer não esquecerei jamais!
Pontos a melhorar: O som baixo, os telões laterais eram minúsculos para um show desse porte e a saída do estádio foi caótica.